Os cidadãos de Eunápolis estão contando os dias. Poderia ser apenas para mais um Natal e Réveillon, mas a expectativa é ainda maior, pois marca o fim do maior desastre político que a cidade já presenciou.
Em 2020, Cordélia Torres foi eleita como a primeira mulher prefeita de Eunápolis, conquistando uma expressiva maioria dos votos e garantindo a eleição da maioria dos vereadores da época. O povo de Eunápolis depositou sua esperança em um governo que promovesse a humanização, conforme fora prometido. A nova administração foi aguardada com grande otimismo, mas logo nos primeiros meses ficou claro que pouco mudaria e que o estilo de gestão de Paulo Ernesto (Dapé), esposo e secretário da casa civil, continuaria a prevalecer.
A administração foi marcada por um colapso generalizado em todos os setores públicos. À frente da Casa Civil, Paulo Dapé exerceu controle absoluto sobre os recursos públicos, centralizando todas as decisões ao seu redor. Os secretários nomeados ocupavam seus cargos apenas nominalmente, sem ter autoridade para implementar as decisões necessárias ao progresso da cidade. Todas as questões precisavam passar pela centralização do poder de Dapé.
Com isso, um a um, os secretários foram eliminados, em um efeito dominó, e a desaprovação da gestão crescia a cada dia, tornando-se a maior da Bahia, superando 80%. Isso levou à desistência da candidatura à reeleição, encerrando as aspirações políticas dos Dapés e de Cordélia. A retirada da candidatura evitou um vexame histórico e trouxe de volta, nos braços da população, o ex-prefeito Robério Oliveira, que agora terá a árdua tarefa de reconstruir a cidade de Eunápolis.
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