A Polícia Civil de Eunápolis encontrou, nesta terça-feira (7), um acampamento improvisado que pode ter sido utilizado por um dos 16 detentos que escaparam do Complexo Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, em 12 de dezembro de 2024. Durante as buscas realizadas pelas equipes do Setor de Investigação (SI) da Delegacia Territorial de Eunápolis e policiais da 23ª Coorpin, o acampamento foi descoberto nos fundos da casa dos familiares de Anailton Souza Santos, em uma área de mata chamada Boqueirão.
Entre os itens encontrados estavam uma barraca, colchonetes e cobertores, indicando que o local havia sido usado recentemente. No entanto, o fugitivo não foi encontrado e todo o material localizado foi destruído para evitar sua reutilização. Até esta terça-feira, nenhum dos 16 foragidos do Conjunto Penal de Eunápolis havia sido recapturado.
De acordo com a Polícia Civil, durante a fuga, oito homens dispararam tiros contra agentes de segurança para facilitar a saída dos internos, tendo como principal alvo a libertação de Edinaldo Pereira Souza, conhecido como "Dadá", identificado como líder da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE).
Após o ocorrido, a Seap determinou uma intervenção na unidade penal por 30 dias, afastando diretores e coordenadores como medida preventiva. A fuga levanta preocupações sobre a segurança do Complexo Penal de Eunápolis, pois foi a primeira vez que um presídio baiano sofreu uma invasão desse tipo. Todos os fugitivos são membros da facção PCE originária de Eunápolis e têm histórico de atuação em outras localidades do sul e extremo sul da Bahia, como Itabuna, Catu e Santa Cruz Cabrália, além de outros estados como Espírito Santo.
As investigações indicam que a ação criminosa envolveu não apenas os detentos mas também pessoas externas ao presídio que auxiliaram na fuga. Diante da seriedade do cenário, a Polícia Civil da Bahia intensificou as operações para recapturar os presos foragidos e identificar os responsáveis pelo planejamento e execução da fuga.
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