A Acelen, empresa de energia responsável pela Refinaria de Mataripe, anunciou na última quinta-feira (7) um reajuste nos preços dos combustíveis para o estado da Bahia. O aumento, que já está em vigor nos postos, impacta diretamente o valor da gasolina e do diesel, trazendo consequências para motoristas e para a economia local.
A gasolina sofreu um aumento de 2,9%, passando de R$ 2,920 para R$ 3,006 por litro. Esse reajuste eleva os custos tanto para consumidores individuais quanto para empresas que dependem do transporte rodoviário, um setor essencial para o estado. O diesel, combustível usado principalmente em veículos de carga e transporte público, também foi reajustado. O tipo S10, conhecido por sua menor emissão de poluentes, teve uma alta de 2,3%, enquanto o tipo S500, mais utilizado em veículos pesados e transportes de longa distância, subiu 2,4%.
De acordo com a Acelen, os preços praticados na Refinaria de Mataripe seguem uma política de mercado que leva em conta múltiplas variáveis econômicas e financeiras. Entre os principais fatores estão o custo do barril de petróleo, adquirido a preços internacionais, a cotação do dólar e o valor do frete. Essa política faz com que os preços variem periodicamente, podendo oscilar tanto para cima quanto para baixo, dependendo das condições de mercado. No entanto, as oscilações internacionais e a valorização do dólar diante do real têm, frequentemente, gerado aumentos de custo.
Os sucessivos reajustes vêm despertando a atenção de consumidores e entidades de defesa do consumidor, que questionam o impacto desses aumentos sobre a população, especialmente em um cenário de inflação e custo de vida elevados. Além disso, com os preços dos combustíveis pressionando os custos de transporte e logística, há um efeito em cadeia que afeta o preço de produtos essenciais, como alimentos e bens de consumo.
O aumento atual reforça um padrão de reajustes periódicos observados desde que a Refinaria de Mataripe foi privatizada e começou a operar sob gestão da Acelen. Enquanto consumidores buscam alternativas para economizar, como o uso de transporte público ou de veículos movidos a etanol, especialistas ressaltam que, em longo prazo, uma política de preços menos volátil seria benéfica para reduzir o impacto desses custos na economia local.
Com o combustível mais caro, setores dependentes do transporte, como o agronegócio e a indústria, também podem ser prejudicados, especialmente em regiões mais remotas da Bahia, onde a dependência do diesel é maior. Motoristas de aplicativo e caminhoneiros, que já enfrentam margens de lucro apertadas, também sentem o peso desse reajuste, o que pode influenciar até mesmo no custo dos serviços de transporte individual.
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