Os educadores do município de Itapebi, localizado no sul da Bahia, participaram da Paralisação Nacional pela Educação Pública promovida pela CNTE no último dia 23, em um ato de protesto contra a administração municipal. Essa mobilização é uma resposta a diversas ações e omissões da gestão do atual prefeito que afetam diretamente a valorização da profissão e o funcionamento do sistema educacional na cidade.
Os principais motivos para a manifestação incluiram:
A falta de diálogo entre o prefeito e os representantes do sindicato das categorias da educação;
O não cumprimento de uma decisão judicial que ordena o descongelamento e pagamento do piso salarial dos professores;
O envio à Câmara Municipal de um Projeto de Lei que elimina a regência de classe dos docentes sem qualquer conversa prévia com o sindicato;
Três anos sem reajuste no piso salarial do Magistério;
Três anos com benefícios e progressões na carreira congelados;
A falta de pagamento do auxílio transporte;
O descumprimento das legislações que regulamentam a educação municipal.
A insatisfação dos profissionais também é fortemente ligada ao Projeto de Lei que está sendo analisado na Câmara, o qual propõe o fim da gratificação por regência de classe, como indicado no artigo 28 do documento acessado pela categoria. A proposta ainda extingue outras gratificações importantes, como a relacionada ao aperfeiçoamento profissional, representando, segundo o sindicato, um sério ataque à valorização dos docentes e às conquistas históricas da carreira.
Em uma publicação no Instagram, a APLB-Sindicato local ressaltou: “A educação e a escola não são mercadorias – são direitos.” Essa frase capta o espírito da mobilização, que visa unir professores, coordenadores pedagógicos e outros profissionais da rede municipal em busca de respeito, diálogo e cumprimento das leis.
A paralisação reflete a insatisfação com a falta de transparência, ausência de negociações e desmantelamento dos direitos que comprometem a qualidade da educação oferecida na cidade. A categoria exige que o poder executivo municipal estabeleça um canal urgente de diálogo com o sindicato e cumpra as decisões judiciais assim como as leis vinculadas à educação pública brasileira.
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