Se os seis primeiros meses da gestão Robério Oliveira em Eunápolis fossem uma série, Maurício Pedrosa seria aquele personagem que entra na cena e imediatamente divide opiniões — ou melhor, desperta um misto de amor e ranço, especialmente entre os figurões da alta cúpula.
Apesar de ocupar espaço no núcleo duro da gestão, Maurício parece caminhar num campo minado: não é unanimidade nem no cafezinho da prefeitura, tampouco nas resenhas discretas de gabinete. Em off, secretários se revezam nos bastidores para disparar suas "alfinetadas institucionais" — algumas mais sutis, outras dignas de novela mexicana.
Há quem diga que Maurício incomoda mais pelo que representa do que pelo que faz. Sua presença é quase um teste de paciência para parte da base governista, que o tolera entre sorrisos e suspiros falsos, como quem convida para o churrasco só para dizer que chamou.
O curioso é que, mesmo sob esse bombardeio informal, ele segue firme. Tem quem o considere "inevitável", como se fosse aquela música que você não gosta, mas está em todas as playlists da prefeitura.
No meio disso tudo, a pergunta que fica é:
será que Maurício tem mais força do que querem admitir ou mais rejeição do que ele mesmo imagina?
Seja como for, o ranço da gestão por ele já virou folclore político local.
Maurício não é só uma pessoa. É um fenômeno emocional.
Ele não ocupa apenas espaço — ele ocupa o imaginário rancoroso da gestão.
Se Maurício Pedrosa fosse um remédio, seria tarja preta.
Faz efeito — mas tem gente surtando com a dose.
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