A recente fuga de membros da facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE) do presídio local, na última quinta-feira (12), intensificou ainda mais a sensação de insegurança no extremo-sul da Bahia. O receio se agrava pelo fato de que, uma semana após a fuga, nenhum dos 16 fugitivos, responsáveis por 37 mortes na área, foi novamente preso pela polícia. A "liberdade" desses elementos do PCE está fazendo com que moradores se recolham em casa, temendo uma onda de violência ainda maior. É importante mencionar que Eunápolis figura entre as cidades mais violentas do Brasil e também é considerada uma das piores cidades para jovens entre 14 e 18 anos viverem.
Veja o desabafo de um Eunapolitano por meio das redes sociais “O povo aqui está assustado porque Eunápolis aparece em todos os jornais com a notícia dos 16 criminosos foragidos. Estamos apreensivos, ansiosos pelo pior a qualquer instante. Depois da fuga, é como se a cidade estivesse paralisada pelo medo. Mesmo com a polícia patrulhando, não vemos uma mobilização significativa”, relata.
Outro morador, comentou, “Com esses indivíduos soltos pelas ruas, fica difícil não pensar que algum deles possa cruzar nosso caminho. Se alguém tocar a campainha aqui em casa, já pergunto quem é. Se me dizem um nome desconhecido, eu não abro a porta. Estamos sem informações claras e sem satisfação do que a polícia está fazendo. E olha que moro em um bairro relativamente tranquilo; imagina como deve estar quem vive nos bairros Rosa Neto e Juca Rosa [bairros de Eunápolis], onde o PCE sempre teve forte atuação,” explica o morador.
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